Tens saudades minhas? Paciência. Já não és o primeiro de quem digo que sabe o que perdeu. E perdeste mesmo. Estou bem, agora, muito bem. Feliz. De pé, como nunca estive. Há um eu que desconheces e também nunca vais conhecer. E tenho a meu lado um Homem como deve ser.
Outro dia, na brincadeira, falava-lhe de um livro onde um gajo dizia a outro para admirar e cheirar as flores que quisesse, mas nem sequer se atrever a chegar perto da sebe do seu jardim. Rimo-nos quando lhe disse que podia, nas conversas de amigos, 'informar' os outros do mesmo. Ontem falaste-me de flores e lembrei-me desta conversa. E pensei que não tem de informar ninguém, porque é a própria sebe, espinhosa como é, que impede qualquer um de chegar perto. São minhas as flores e é a ele que ofereço o seu perfume.
Enquanto me voltava na cama, incomodada pela parvoíce de que te lembraste, foi a almofada dele que puxei para mim. E foi no seu peito, presente na ausência, que pousei a minha mão e descansei a minha cabeça. E adormeci sossegada.
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