É um jardim muito bonito com um toque oriental. Há um pequenino reduto de bambus, uma ponte ornamentada que cruza as margens de um lago cheio de patos e peixes, cascatas. Há muitos espaços de descanso, alguns dos quais escondidos, bem a gosto dos namorados.
Numa das alamedas, há inúmeros vasos. Num deles vi uma mancha roxa e aproximei-me para ver do que se tratava. No meio de muitos, murchos, estava um amor-perfeito, belo, vertical e solitário. Os amores-perfeitos são outras flores a que sou particularmente sensível. Pela sua beleza complexa. Talvez por isso tenham o nome que têm.
Sorri à analogia. Um Amor Perfeito nunca é um amor fácil. É feito de encontros e desencontros, de certezas e dúvidas, de dádivas e cedências. De entendimento, acima de tudo. Por isso, é com frequência que, hoje em dia, encontramos apenas um - belo, vertical e solitário - no meio de muitos murchos.
Estava frio, mas o passeio soube muito bem. Cheguei com a cara gelada e um sorriso. Uns minutos para repetir.
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4 comentários:
Amei o texto e a analogia....
eu posso dizer que vivo um amor perfeito...que me dá muito trabalhor a manter...mas que vale a pena manter :)
kisses;)
Que sorte, minha querida! Que se conserve assim: belo e vertical. Esperemos é que encontres outros em redor, para que o vaso fique mais composto. :)
Já não há a amores perfeitos....
Espero que a foto seja tua....
Jonh:
Há amores perfeitos, sim. Tenho vários à minha volta, sei que existem. E recuso-me a acreditar que não nascem mais.
O que acontece, muitas vezes, é que as pessoas não estão preparadas para o trabalho que dá mantê-los. Hoje em dia há muitas que estão habituadas a receber tudo e fogem de tudo o que implica esforço. E assim não se chega a lado nenhum...
PS - Não é minha, não. Não levei máquina. :( Talvez amanhã volte lá.
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