Estive contigo este fim-de-semana. Tu não estavas a contar ver-me, disseste-me. Pois é, mas eu sabia que ias estar lá. E fiquei, por isso, à espera de te encontrar.
Estiveste pouco tempo, tinhas coisas para fazer. Mas o tempo que estiveste deu para comprovar uma sensação que tinha. Tu mexes comigo. E, ou eu me engano muito, ou mexo contigo também. Ou então é tudo fruto da minha imaginação. Não sei. Sei apenas que houve olhares e sorrisos trocados, muito poucas palavras, um abraço sentido à chegada, outro à partida, que não nos bastam dois beijos na cara (nem sei, honestamente, se nos beijámos, mas do abraço não me esqueço). Nós conhecemo-nos há anos, conhecendo-nos apenas há pouco tempo. Já constatámos isso.
Não nos aproximámos muito. Eu não consegui e acho que contigo aconteceu o mesmo. Mas tenho a sensação que tu me sentiste lá como eu te senti. Fica a sensação. Talvez a comprove algum dia, talvez não.
Entretanto, uma conversa com uma amiga (hábil, deu-me bem a volta, pôs-me a falar) fez-me pensar. Disse-me ela que às vezes fica a pensar que que há pessoas que deviam estar juntas. 'Há uns tempos, não sabia eu que vocês não se conheciam, dei por mim a pensar que não percebia porque é que não namoravam...'
Pois... Não sei porquê, acho que há mais a pensar isso... Conversas de outras alturas, pequenas coisas ditas...
Não conheço o futuro. A julgar pelo que vejo, este não leva a nada, de tão atados que somos. E não sei se não olharás para mim como uma menina, que não sou, e não como uma mulher. E tenho pena. Porque tu vales a pena. Mas estes desencontros acontecem com alguma frequência, não é?
Enfim... Logo se vê...
SANTO ANTÓNIO ou O AMOR SECRETAMENTE PEDIDO
Há 5 meses
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