segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Verdade 9

Tarde o frio o que tardar, ao Natal há-de chegar...

Lá diz a minha mãezinha...


domingo, 29 de novembro de 2009

História de dois companheiros de taça

Era uma vez um Gato que vivia num Castelo, perto de um Ouriço que tinha construído um. Um dia, os dois encontraram-se à janela e,a partir daí,volta e meia sentavam-se para uma grande conversa recheada de chazinho e bolachas, ou não fossem os dois amantes de boa mesa. De vez em quando, partilhavam as bolachas directamente da mesma taça. E o Ouriço, muuuuuuito bem comportadinho, nunca se enfiou dentro dela para açambarcar a sobremesa toda, deixando o gato a miar desalmadamente, cheio de fome e de medo dos picos cravadinhos no nariz. A sorte do Gato é que ele ajudava o Ouriço a puxar o lustro aos picos e assim ia evitando males maiores. Mas não conseguiu evitar que o Ouriço escondesse uma câmara fotográfica na caixa de chá e aproveitasse um momento de distracção para lhe tirar uma fotografia que resolveu pôr à janela do castelo, anunciando aos quatro ventos que ali vivia um gato que gostava de se empanturrar com bolachas de manteiga... Ó aí em baixo o resultado:




















quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Da guerra

As minhas reacções mostram-me que ainda tenho muito que andar em matéria de deitar abaixo estas muralhas. Estou melhor, é bem verdade, mas ainda não cheguei lá. Talvez por isso, o amor, a mim, soa-me não tanto como um jogo, como muitos acham, mas mais como uma guerra. Porque cada vez que alguém se aproxima, eu visto a minha armadura invisível. E por norma, para grande desgraça minha (ou não, depende do carácter e personalidade do 'adversário'), acabo vencedora quase sem me mexer do sítio. Antigamente havia-os guerreiros teimosos, hoje nem por isso.

Faz-me falta alguém que entre no campo de guerra preparado para me enfrentar até à exaustão. Alguém que se ria da armadura porque sabe que, no seu caso, é leve como uma pena e penetrável como algodão doce. Alguém que me diga isto:




I couldn't figure why
You couldn't give me what everybody needs
I shouldn't let you kick me when I'm down
My baby
I find out everybody knows that
You've been using me
I'm surprised you
Let me stay around you
One day I'm gonna lift the cover
And look inside your heart
We gotta level before we go
And tear this love apart

There's no fight you can't fight
This battle of love with me
You win again
So little time
We do nothing but compete
There's no life on earth
No other could see me through
You win again
Some never try
But if anybody can, we can
And I'll be, I'll be
Following you

Oh baby I shake you from now on
I'm gonna break down your defenses
One by one
I'm gonna hit you from all sides
Lay your fortress open wide
Nobody stops this body from
Taking you

You better beware, I swear
I'm gonna be there one day when you fall
I could never let you cast aside
The greatest love of all













E acabo de ler aqui a mesma coisa, por outras palavras...


Quem quer prendinhas?

Desta feita o Pai Natal chegou mais cedo aqui à toca e resolveu pedir-me ajuda para distribuir pérolas aqui pela blogosfera. Olhou para a minha carinha laroca e decidiu que, este ano, eu seria júri de concursos. Não de um, mas de dois.

Independentemente de o Pulha achar que eu sou uma Madre Teresa de Calcutá (não leu o último post, de certeza), eu gosto mais de pensar em mim como uma Mãe-Natal, daquelas de barrete vermelho e branco (podia ser azul, mas o Pai Natal é um traidor) e vestidinho curto, deitada em cima da cama com uma pilha de sacanagens de um lado e uma pilha de contos de Natal do outro. A tentar decidir com o que é que vai sonhar de noite, enquanto vai derretendo um chocolate entre os dedos.

Vá. Toca a dar ao dedo, que eu quero receber prendas vossas em primeiríssima mão este ano... ;)

Digam lá que não estou linda ao colinho do Pai Natal... Eh eh

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Da luxúria

Em Praga, houve um baile lá no curso onde estive. Uma brincadeira, mas para a qual (quase) toda a gente se engalanou. Lá fomos todos pipis beber, rir e dançar. Sobretudo dançar, no meu caso, que sou absolutamente louca por isso, embora tenha nascido com dois pés esquerdos (ainda vou aprender, um dia destes).

Eu danço para mim. Danço por dentro e para dentro e só interajo com alguém (com algum homem, entenda-se) se me sinto completamente à vontade. Tive a sorte, lá, de ter um amigo com quem o pude fazer. Foi uma risota pegada andar a ensinar-lhe passos de dança e a curtir a música sem ter de me preocupar com outras coisas.

Talvez por me ter sentido assim solta, no fim da noite, já a companhia tinha ido nanar, um grego (ai os gregos...) sai-se com uma fabulosa frase que me vai ficar gravada: 'You're a hot woman!' Eu devo ter ficado embasbacada a olhar para ele e escangalhei-me a rir por dentro. Digamos que, como frase de engate, não é das melhores, pelo menos comigo, que de imediato pensei: 'Ó cachopo, 'tadito de ti... É que nem que andasses aqui à volta a noite toda.' E ele bem que tentou mais vezes, mas não teve sorte, como é óbvio, ou não fosse eu um Ouriço que só se dá quando confia.

Lembrei-me disto porque, este fim de semana, ao contar a história a uma amiga que também esteve presente, uma excelência que connosco partilhava a mesa e que ouviu olhou para mim e sai-se com uma frase também ela brilhante: 'Não imagino o que possas ter feito que o possa ter levado a dizer isso...' Eu ri-me e, a bem dizer, não respondi. De facto, não imagina. Ninguém me atribui, por fora, o gosto pela luxúria que me atravessa. Aquele que eu, aqui, revelo no Prisão de Palavras, puro e duro como deve ser. Que é tão normal em qualquer mulher que seja mulher, eu diria, mas pelos vistos muito anormal em mim, que ainda sou encarada como uma 'santa' assexuada em alguns círculos. Eu tenho azar, que as respostas não me saem à primeira. Porque deveria ter-lhe dito qualquer coisa como 'Há muito mais em mim do que tu pensas ou sabes...' Talvez outro dia me saia. Só para o pôr a pensar... Eu nem gosto nada de dar cabo da ideia feita que têm de mim... ;)

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Mapa

Por estes dias

Este fim de semana, eu bem que sabia que me devia deitar cedo, mas uma coisa é o que se sabe e outra o que se quer.

Vai daí, na sexta-feira, um jantar com amigos prolongou-se e eu deixei-me estar, mesmo sabendo que, no dia seguinte, teria uma apresentação lá no estaminé onde trabalho.
A noite acabou aqui, já a desoras, em boa companhia:


You made my night, my friends... You're the best. ;)


Resultado: depois de uma semana inteira a queimar as pestanas madrugada fora à frente do pc e de uma noitada na sexta, seria de pensar que o dia seguinte seria complicado e que ainda me espalharia ao comprido no workshop. Pois não foi o que aconteceu, bem pelo contrário.

Voltei a sentir-me feliz no que faço, pela mesma razão de há uns dias: depois da paragem, parece que o meu cérebro recomeçou a andar de bicicleta e está a recuperar a sua forma. Não deixa de ser gratificante propor-me a fazer um trabalho ao qual a 'chefia' torce o nariz ('Isso não tem lá muito que saber...') e depois acaba a dizer 'Muito bem... Podemos pegar nisto e fazer aquilo e mais aquilo e ainda aquilo... É um bom caminho, este...' Há ainda muito para andar, mas começo de novo a sentir-me um par entre pares. Foi um sábado de estoirar, mas feliz, portanto.

E mais feliz ainda porque um projecto de anos na associação de voluntariado em que trabalho foi finalmente aprovado. Outra noite que acabou a desoras, com outros sorrisos e festa. É mais trabalho (eu não aprendo, mesmo...), mas faz-se a diferença na vida de alguém e isso sabe bem.

Pelo meio, gente que não via há algum tempo, abraços e números de telefones trocados de quem não estava à espera. Um almoço de Natal programado. Um jantar de Natal programado. Os dois no mesmo dia e eu não quero faltar a nenhum (vou ter de me tornar elástica, com os quilómetros a fazer). Eu a pensar que há um café (ou dois, ou três) que quero ir tomar. Sinto-me a mil, por dentro e por fora. E é tão bom...


sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Ó meus amigos...

não havia necessidade de abrirem um bar aqui no andar de baixo, para 'consumo interno'... Uma mulher vai lá beber um chazinho, muito bem comportadinha, e dá de caras com quatro obras de arte, sentados numa mesa a conversar. Eles a olhar para mim e eu a pensar: 'Que desperdício...'

E depois, como é que querem que se produza, hã?

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

De chorar por mais

Não há dores de músculos, nódoas negras ou derrames nos nós dos dedos que me façam deixar de adorar Krav Maga...

terça-feira, 17 de novembro de 2009

É hora

Quando eu me começo a irritar comigo mesma, mando tudo para o espaço. É a forma que tenho de continuar. Nada como bater com força com a ponta dos pés no fundo para emergir mais depressa. É hora de o fazer.

Tivesse eu aqui um prado de relva fresca à porta (que saudades dos prados do Alentejo), descalçava-me e desatava a dançar por ali ao sol. A trautear boa música. A puxar pelo lado bom da vida, que o mau só faz rugas.

Recomeça-se, por estes lados. Uma e outra vez. Tantas quantas as necessárias até a vida ficar cá dentro coberta de riso. ;)




Give a little time for the child within you,
don't be afraid to be young and free.
Undo the locks and throw away the keys
and take off your shoes and socks, and run you.
La, la, la...

Give a little time for the child within you,
don't be afraid to be young and free.
Undo the locks and throw away the keys
and take off your shoes and socks, and run you.
La, la, la...

Run through the meadow and scare up the milking cows
Run down the beach kicking clouds of sand
Walk a windy weather day, feel your face blow away
Stop and listen: Love you.

Roll like a circus clown, put away your circus frown
Ride on a roller coaster upside down
Waltzing Matilda, Carey loves a kinkatchoo
Joey catch a kangaroo, hug you.

Dandylion, milkweed, silky on a sunny sky
Reach out and hitch a ride and float on by
Balloons down below catching colors of the rainbow
red, blue and yellow-green: I love you.

Bicycles, tricycles, ice cream candy
Lollypops, popsicles, licorice sticks
Solomon Grundy, Raggedy Andy
Tweedledum and Tweedledee, home free.

Cowboys and Indians, puppydogs and sandpails
Beachballs and baseballs and basketballs, too.
I love forget-me-nots, fluffernutters, sugarpops
I'll hug you and kiss you and love you
La, la, la... Love you.


segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Digamos que...

não é boa ideia sair do metro no Terreio do Paço, sem guarda-chuva, às quatro da tarde, id est, em plena altura em que São Pedro se distraiu e permitiu que Noé abrisse as comportas do céu...

O meu pico chamado "Ideias peregrinas" está em grande forma, como podem ver...

domingo, 15 de novembro de 2009

...

A minha mãe disse-me ontem que, há uns dias, e a propósito de umas formações em que me tenho envolvido, lhe tinham dado os parabéns por esta filha que tem. Guardei, como sempre guardo, estas palavras de orgulho da minha mãe, mas volto a pensar que aquilo que eu sei e aquilo que eu sinto são coisas diferentes.

Tenho tido a nítida sensação que estou a resvalar devagarinho de volta ao poço que tão bem conheço, o que me faz pensar que há dinâmicas que, por mais que tentemos mudar, se entranham de tal forma na pele que é extraordinariamente difícil, senão impossível, modificá-las. Uma delas é esta forma como me pinto, como me revejo, como me sei por dentro e sinto que não me (re)conhecem por fora.

Quem não me conhece chama-me misteriosa, mas quem me conhece chama-me transparente. Talvez por isso, é por trás de óculos escuros que guardo os meus olhos dos olhares alheios: tenho a sensação que os desconhecidos com quem me cruzo conseguem adivinhar a enorme tristeza indizível que me tem vindo a assolar. A tristeza de quem não está a conseguir acreditar que é capaz de se unificar e que um dia viverá uma espécie de paz.


Nelly Furtado - All good things


sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Praga II

As fotos prometidas, com comentários aqui e ali...

A torre do famoso relógio da Câmara Municipal, ao pé da praça da Cidade Velha:





A Praça da Cidade Velha:







E agora à noite:



A Catedral de São Vito e o Castelo (não é um castelo como os nossos, é uma espécie de palácio gigante dentro do qual está a catedral):





(belíssima por dentro, este é apenas um dos vitrais que a embelezam...)

(uma das praças do Castelo)


A arquitectura, pela cidade fora:











Santo António tem direito a duas estátuas!



Brinquedos e cristais andam por todo o lado:





E por fim... o Ouriço a pesquisar...
(O quê, não digo. Olhem lá bem. Eh eh)



quinta-feira, 12 de novembro de 2009

...


Roubado aqui.


quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Hoje

Tenho tido poucas possibilidades, nos últimos anos, de pôr em acção todo o meu cérebro. Mas esta fase tem sido tão stressante quanto rica em aprendizagens e eu, quando aprendo, sou feliz.

Hoje, enquanto aguardava o elevador lá no estaminé onde trabalho, e depois de uns dias de investigação intensa para uma apresentação que iria decorrer daí a uns minutos, pensava para mim que, independentemente do resultado, me estava a sentir muito bem. Feliz, foi o que me veio à cabeça. Aquela felicidade que sentimos quando o esforço nos compensa por dentro, quando nos sentimos a crescer, mesmo que seja só para nós.

A apresentação correu melhor do que eu esperava. E depois dela senti-me o portento que sei que sou, que sempre fui e há tanto tempo não mostrava e não sentia.

Hoje foi um dia bom, do início ao fim.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Ó gente do meu blog...

...desculpem lá a falta das narrações da minha última aventura, mas dêem-me lá uma ajudinha. VAMOS VOTAR.

Apareceu-me no facebook um pedido de amizade de um ex com mais de dez anos que, na altura, me tratou como lixo, pelo que acabou por levar um par de patins daqueles em linha e bem velozes, que não dão hipótese de retorno. Agora, e porque continuamos a partilhar amigos, embora ele não tenha feito mais parte da minha vida, decidiu dar um arzinho da sua graça.

Eu tive duas reacções. Primeiro olhei para aquilo, fiquei absolutamente incrédula e ri-me. Pensei: 'Mas o que é que tu queres, ó meu? Que lata! É que nunca, mas nunca te deixo entrar em mais nenhum dos meus tascos! Xô! Fora! Será que não percebeste que nunca, mas nunca mais quero nada contigo?'

Depois, contudo, o meu lado sacana começou a inchar e dei comigo a pensar: 'E se eu te deixasse entrar só para tu veres o MULHERÃO que perdeste e a vida boa que eu tenho, enquanto tu continuas nessa terreola de merda, sentadinho no teu poleiro que te parece o mundo, mas não é?'

E agora faço o quê? Enxoto-o para onde ele merece pela segunda vez ou espicaço-o assim um bocadinho só?

'Bora lá a ajudar, não?

domingo, 1 de novembro de 2009

Interrupção...

...na narrativa de viagens. Já cheguei e resolvi pôr (quase) todas as leituras em dia. Andei por blogues e pelo Facebook. Anda por lá um concurso da treta some 'most lovable person' da net ou lá o que é. Embora já tenha percebido que aquilo fica entre amigos e amigos de amigos, não consigo deixar de ficar com comichão com o lugar que me vão atribuindo. Não devia, eu sei. Mas fico. Ainda não é desta que consigo lidar confortavelmente com coisas assim a modos que...

:S