sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Praga 1

Por aqui está-se bem. Tirando a carraspana que apanhei por causa do c@”%&#”$ do ar condicionado do avião, que me faz espirrar por todos os lados e andar a brufen, é sempre bom sair da casca e fazer coisas diferentes.

Pelo meio do trabalho (não vim propriamente de férias), há tempo para passear. Praga é uma cidade lindíssima, daquelas que dá vontade de esquadrinhar. E não é só por causa da arquitectura, que me deixa a mim de boca aberta sobretudo porque é um estilo que aprecio particularmente e que é dominado, quanto a mim, pelas cores que cobrem os edifícios. Não é todos os dias que vemos edifícios antigos pintados de cor-de-rosa ao lado de outros azuis, amarelos ou verdes. Tudo tons suaves que tornam algumas ruas quase arco-íris.

Rua Nerudova


Fora de portas, no campo, as cores são outras. As folhas das árvores estão a mudar de tons e há inúmeros amarelos, laranjas e castanhos. Parques lindos dourados. E a Natureza sente-se também dentro da cidade, nos inúmeros vasos de flores que enfeitam portas e janelas. Há flores por todo o lado, neste frio invernal…

Praceta da Câmara Municipal da Cidade Velha


Para além disto, não imaginam a quantidade de concertos espalhados pela cidade. Há de todos os tipos e para todos os gostos. Não só ao fim de semana, mas também em dias de trabalho. E estão sempre cheios de gente muito bem posta. Até adolescentes engravatadinhos vi. Pelas ruas, ouvem-se sons. Música de violinos, saxofones, trompetes, bandolins. Sei de alguns senhores que provavelmente adorariam estar aqui.

Levo da cidade sobretudo estes dois sentires: as cores e os sons.


Mas há outras coisas. Como as luzes da cidade à noite.

O Castelo e a Catedral ao anoitecer


Ou como o cheirinho a Portugal que se ouve na voz do empregado de uma loja (‘O meu pai e os meus avós são de Aveiro!’). Ou se vê numa montra:

Puôôôôôôôôôôôôôôôôôôrto!!!! :D:D:D:D

(Vá, nada de bocas ao meu FCP que estes dias sentiu a minha falta. Tadinho, pá…)

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Ora bem...

...nos próximos dias vou andar pertinho daqui, bem aconchegada num cachecol e com a máquina na mão:


Quem quiser vir comigo, apareça amanhã no aeroporto e vamos juntos! ;)

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Das relações

Algumas coisas têm-me feito pensar. Nesta Lisboa que é tão igual ao sítio de onde venho ("Consegues viver em Lisboa, M?" - Perguntam-me. "Claro que sim. Sinto-me em casa." - Respondo), há maneiras de ser que me deixam a pensar. Formas de vida diferentes que me fazem repensar e me fazem perceber como sou e como ando. Partilho uma.

Há uns dias, um amigo dizia-me que eu não arriscava nada com ninguém. Perguntou-me quando achava que iria estar 'pronta' para arriscar. E sugeriu, como homem que é, que eu podia pensar em me envolver fisicamente com alguém e deixar correr, 'para ver no que daria'. Sem complicações, sem dramas afectivos. Só instinto a funcionar, à espera que o coração fizesse um click qualquer. Como tanta gente nesta terra parece fazer e, aqui sim, Lisboa é diferente de onde eu venho. Acho eu. Ou então é o meu mundo interior que é diferente.

Percebo-lhe a lógica de homem. Tão típica, eu diria. Mas sinto-me incapaz de me deixar ir numa coisa assim. Primeiro porque eu não consigo dissociar a parte física da parte afectiva. O meu corpo é afecto, dá-se com afecto, sente o afecto. Agradeceria, provavelmente, os mimos de um outro corpo, mas não faço ideia como reagiria depois, à crua luz do dia e da falta de cumplicidade. E não tenho grande vontade de descobrir, porque tenho a impressão de que não iria apreciar a situação.

Não porque não me apeteça. Às vezes só há vontade de sentir umas mãos quaisquer a rodear-nos o corpo e a saciar-nos a fome e a sede e a matar a saudade. Seria capaz, eu sei, até porque é possível usar um qualquer 'botão off' que nos apaga durante algum tempo a razão. Mas provavelmente não aconteceria ao estilo de uma 'one night stand', ou seja, com um desconhecido, porque não sou propriamente dotada de capacidades de me 'acertar' com alguém à primeira. E não me imagino a fazer isto com um qualquer amigo que conhecesse há algum tempo, porque sei que não conseguiria estar com alguém e depois continuar na vida dessa pessoa como se nada tivesse acontecido.

É que não sou capaz de olhar para um homem que comigo partilha a intimidade e ver apenas um corpo... Não dissociando os afectos do prazer físico, acabaria sempre a querer mais, a desejar mais. E, se a relação fosse baseada no prazer físico apenas, não consigo deixar de pensar que acabaria por estar a perder tempo. Se estiver 'ocupada' com um corpo, que uso, embora não o queira para mim, estará livre o meu coração para reparar em quem passa? Fixada em alguém que aprecio, mas com quem não faço quaisquer planos, não ficarei distraída? Não correrei o risco de não reparar em alguém verdadeiramente 'possível', só porque ando entretida com uma coisa sem futuro? Não me sentirei saciada e, por isso, contentada com o pouco, ao invés de procurar o muito?

Entre o tudo e o nada, há o assim-assim. Mas eu não sou mulher de assins-assins. Tendo o nada, quero o tudo. E, por isso, acho que só vale a pena apostar em alguém para quem olhe com a sensação de que talvez possa haver ali um tudo. O que significa que a minha lógica é a de esperar por alguém com quem valha a pena de facto arriscar. Sem certezas, como é óbvio, porque nada é certo ou seguro. Mas entre quem me quer só porque tem vontade de me provar e nada mais e outro que possa olhar para mim e ver mais fundo e mais longe, eu prefiro o segundo...

"Mas, ó M., os homens são suficientemente cabrões para te enganarem. Para te darem esperanças e te deixarem a pensar que querem mais qualquer coisa quando de facto..." É verdade, eu sei. Há por aí muita gente assim, homens e mulheres. Mas os filhos da mãe que já aguentei, se destruíram muita coisa, não conseguiram roubar-me a fé. Há, por isso, um espaço em mim em que guardo a esperança. Porque há homens bons, eu sei. E honestos e verdadeiros. São Homens. Estou rodeada por eles e é por isso que não esqueço que os há. Nada me garante que me calhe um na rifa. Mas vou já tendo armas para me defender de quem não vale a pena. E inteligência para me aperceber de incongruências. E capacidade para desconfiar, no meio da confiança. Nesta confiança de que um dia repararei em alguém que quererá ir mais longe e mais fundo.

Tudo isto é um bocado contra-corrente neste santo mundo em que vivo agora, não é? Talvez por isso, tem-me feito pensar...


domingo, 25 de outubro de 2009

Por estes dias

Semana de cansaços, esta. Como já a anterior foi. Semanas de silêncio, de paragens, de não querer pensar, de não querer sentir. Há alturas em que fugimos de nós próprios e tenho andado estranhamente assim. Ou talvez seja só o pó a assentar, agora que começo a sentir que vivo há anos nestas quatro paredes que me guardam os sonhos e os sentimentos.

Olho para mim e sou aquilo que sempre fui. Aliás, não me imagino diferente de mim mesma. Mas gostava de estar já lá à frente - digamos, daqui a um ano, por exemplo - numa vida diferente desta que tenho. Numa vida melhor, recheada de risos e conversas e abraços e sorrisos e quente e descanso e sossego e... paz. Pode-se pedir, não pode?

Enquanto ela não chega vou vivendo esta vida que tenho com esta vontade de correr que às vezes me consome. Na fé que tenho de que cada passo dado é caminho em frente, certo e seguro, na direcção de um destino melhor. Onde me possa sentir em casa dentro de mim mesma. Sem tantas dúvidas, sem tantas incertezas. Sem tantos ses.


Coldplay - What if


sábado, 24 de outubro de 2009

Quando não sei...

...por norma fico calada. Ou talvez tenha aprendido que a ignorância é muito atrevida e que, por isso, mais vale calarmo-nos do que dizermos barbaridades quando não dominamos um assunto. Se há coisa que me irrita são as pessoas que têm opinião sobre tudo, mas que, quando espremidinhas, só sabem dizer meia-dúzia de clichés e nota-se claramente que não se informaram seriamente sobre as coisas. De dislate em dislate, só demonstram que não são o que podiam ser.

Tudo isto me veio à cabeça depois de ler esta opinião, com a qual concordo por inteiro. Eu só peço juízo e bom-senso daqui a uns anitos largos...

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Já uma mulher...

não pode andar na rua de salto alto, com umas calças todas janotas e uma gabardina laranja...

Verdade 8

Aqui.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Dos vizinhos

Pela segunda vez, desde que cheguei, os meus vizinhos deixaram a janela aberta. Tenho o tecto a pingar e o chão seco só porque pus um balde a receber a água. Entre isto, os gatos a cair da janela, a fugirem para a escada ou a correrem pela casa à uma da manhã, um dia rifo-os a todos...

...

"As minhas sobrinhas são a minha aldeia dos afectos."

Às vezes é tudo tão cru e tão simples como isto...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Da cegonha

Depois de várias ameaças, parece finalmente estar tudo mais tranquilo com a mana. E as minhas pequerruchas já sabem que vem aí a cegonha. Se a Farrusca ainda não percebeu muito bem o que é que isso significa, o meu Piu-Piu está delirante. Ela, que andava sempre a pedir outra mana à mamã, ficou em absoluto êxtase e já a baptizou: chama-se Carolina. A minha irmã, que apostava numa Leonor, já se conformou, parece-me. Mas ninguém sabe ainda se é menino ou menina. A ver vamos. Entretanto, o rebento já tem direito a festinhas das manas e a conversas com elas. Assim se dá início ao amor...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Pensamentos

...que, embora não cem por cento idênticos, me deixam a pensar como aquilo que eu sinto faz sentido.
Tirado daqui:

"podia-me contentar com os amores em banho-maria, os amores de circunstância só para poder ir acompanhada aos sítios e fazer par. Eu não quero fazer par. Eu quero amar. Eu não quero contentar-me com pouco. Mesmo que o pouco para mim seja muito para alguém. Eu não quero companhia. Eu quero amar. Quero sentir, sentir. (...) Não me cobrem amores. Não me cobrem paixões, nem tão pouco se preocupem com a minha suposta solidão. Eu não amo por conveniência. Se eu tenho medo de ficar sozinha? Todos temos, não sou especial. Mas tenho um medo maior, tenho medo de estando acompanhada me sentir sozinha, tão ou mais sozinha do que estando só."

domingo, 18 de outubro de 2009

...

Há dias em que pôr o pé fora do comboio em direcção a um mundo onde não há dois braços à nossa espera custa...

sábado, 17 de outubro de 2009

Dúvida

Sou só eu que continuo sem perceber a utilidade do Facebook? Ou o divertimento que se tira dali? :S

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Procura-se

...alguém que saiba fazer desenhos de animais para crianças. Designer ou não, não é relevante. Tem é de ter um traço adequado a um público infantil. A sério, não estou a brincar. Se conhecerem alguém, avisem, sim? Ou dêem o email do blog, para entrarem em contacto comigo. É uma proposta interessante e séria para gente que está a precisar de uns quantos desenhos de qualidade e começa a desesperar. :S

Recado XXIII

I just realized that

So sometimes I feel that


But I know


and


So I'm


thinking


I know that


but I also know that we should


Just remember:


and that


(pssst)


So, be sure that



quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Blog Action Day


Dizem que a Terra é Mãe. Mas nós trazemos dentro de nós uma parte dela. Aquela que deixaremos aos nossos filhos. Será melhor ou pior consoante pusermos mãos à obra.

Hoje é dia de consciência social. Por todo o mundo, andam bloggers a falar sobre o Blog Action Day, destinado a chamar a atenção para os problemas ambientais que as mudanças climáticas vão provocar. Há pequeninas coisas que todos podemos fazer. Grão a grão enche a galinha o papo, pelo que ninguém deve alijar as suas responsabilidades. Afinal, esta aldeia é de todos nós e dos nossos descendentes... Eis um exemplo:




Mais sugestões aqui.


quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Memórias

Nestes dias em que não me sai nada da cabeça, andar pelos posts dos outros traz-me às vezes recordações. Hoje, uma canção fez-me rememorar dois episódios distantes no tempo, mas parecidos nos comportamentos.

Sempre fui mulher de sons e música. O silêncio de dentro é compensado pelo som de fora. Gosto de muitos tipos de música, de todas as qualidades. Já me tentaram educar o gosto, mas não me parece que algum dia venham a conseguir, logo agora que ando em fase de não obedecer a ninguém a não ser a mim mesma. Vou do mais clássico ao mais punk, se preciso for, em segundos. Sempre me conheci assim.

Andava eu no secundário (10º ano, talvez?) e um dia em que me encontrava em fase de trautear músicas, uma colega daquelas que vestia só de negro, com correntes e coisas do género, vira-se para mim, embasbacada: "Isso é The Cure!" Ao que eu respondi, placidamente: "Pois é. Pictures of you" (tão só uma das minhas canções predilectas dos ditos cujos). O diálogo teve poucas deixas mais: "Mas tu conheces The Cure?????" "Conheço..."
Pronto. Eu a pensar: "Que cromo..." E ela numa atarantação total. O mesmo que sentiu uma colega já na faculdade, um dia que viemos a pé da cantina até ao departamento: "Não sabia que tu eras capaz de falar assim sobre sexo..." Eu ri-me. Se houvesse tal interjeição na época, provavelmente teria respondido "daaaahhhhhh..."

Esta coisa de se ser particularmente inteligente tem muito que se lhe diga, sobretudo porque somos enfiados dentro de um estereótipo que provoca pasmo quando não seguido cegamente. O pior é que a maioria de nós é incapaz de contrariar a visão colectiva e, quando damos por ela, estamos coarctados numa camisa de forças da qual não nos sabemos escapulir. Até que um dia, por milagre, ou melhor, por vontade própria de nos rebelarmos contra a parvoíce social, decidimos ser o que somos e divertir-nos a ver os outros reagir à nossa verdade mais pura. Num misto de incredulidade e curiosidade pelo mundo desconhecido que trazemos dentro. A última que me aconteceu foi dizerem, a propósito de eu andar no Krav Maga, que era como ver a Branca de Neve a partir os dentes ao Rambo.

Eu divirto-me, a sério que me divirto, a subverter as regras do jogo e a deixar os outros sem pé. Até perceberem que há muito mais de mim para além do que pensam saber de mim, há todo um caminho de riso interior que eu faço. E que neste momento não passa apenas por mostrar um lado mais 'wild'. Pode passar precisamente pelo contrário. É bom sinal, eu diria. Sinal de que começo a entender-me e aceitar-me naquilo que é mais meu.

Eis o fabuloso cover que me lembrou tudo isto:


Katie Melua - Just like Heaven


terça-feira, 13 de outubro de 2009

Silêncio

Às vezes, em dias de silêncio, deixo que falem por mim...
Revejo-me, hoje, aqui, assim:

"Aprendi a viver sem ti. Ensinaste-me. Aprendi a calar o teu nome e a esbater os traços do teu rosto.
O gosto do teu beijo já não me acorda e o cheiro do teu abraço não me estremece mais.
Aprendi a calar-te dentro de mim e enterrei-te na mesma cova para onde me atiraste.
Aprendi a não sonhar acordada, embalada pelas palavras que me negaste muito antes de me matares fora de ti.
Aprendi a passar por nós sem desejar a vida ou a morte.
Aprendi a caminhar vazia e a pisar descalça os vidros partidos do meu coração como se não sentisse os golpes.
Aprendi a engolir o vómito enquanto me espancavas no silêncio gélido de tudo o que prometeste e negaste.
Aprendi a fingir, como tu, até deixar de me reconhecer no espelho da alma. Deixei de ligar a luz e preferi a escuridão da minha nudez.
Aprendi a fechar-me numa caixa de vidro, onde ninguém entra mas de onde não se sai, numa caixa onde o ar me falta e sufoco, com o mofo das cartas de amor cheias de palavras vivas que morreram, como tudo à minha volta e dentro de mim.

Desolação foi a herança que me ficou depois do amor nos abandonar nesta terra de ninguém onde não há espaço nem tempo para ser feliz, onde a vida é uma farsa bem ensaiada, com falas e gestos marcados, sem o mínimo de arrojo ou liberdade.
Dei-te tudo, até o que ainda não tinha. Dei-te até os anos que não vivi.
Não ficou nada nesta casa que habitaste como um rei e deixaste como um ladrão.



Vazio



Silêncio



Adeus



Luto



Vazio



Silêncio



Perdão



Aprendi a viver sem ti. Sem mágoa nem dor.
Aprendi-me.
Descobri que há vida aqui, para lá da devastação, muito depois da terra queimada pela fúria do adeus.
Procurei o perdão. O meu perdão.
Espero pela redenção do Amor.

Vem… "
















Mas eu acho que ainda estou na fase de me perdoar a mim mesma... Por entre esperanças do que tento não esperar ou pedir...


KM (2)

Ando a descobrir que tenho músculos que não sabia que tinha... Mas, por mais que doa nos dias a seguir, volto sempre ao dojo. Eh eh

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Da coragem

Hoje estou estoirada, que o dia foi longo. São as horas do meu jantar. E em dias de cansaço fico mais em baixo, qualquer coisa despoleta aquele sentimento esquisito de moléstia, de desengano, de tristeza.

Foi o que despoletou um post. Onde eu acabei a escrever o que levo há muito tempo dentro e tenho hoje como verdade segura: 'Eu aprendi da pior forma que não se pode ignorar a dor ou fingir que ela não existe. Guardar dentro de nós só piora as coisas, porque tal como um balão não aguenta todo o ar que lhe insuflamos, um dia o nosso coração também não aguenta a porcaria que guardámos, fingindo que não existia. Derramar lágrimas, exteriorizar a dor, falá-la, não é fazer o outro ganhar. Muito pelo contrário. É ganharmo-nos a nós próprias, cuidarmos do bem mais precioso que carregamos dentro. A verdadeira fortaleza reconhece-se naqueles que assumem a sua verdade de dentro, boa ou má, doa muito ou pouco. A isso chama-se coragem...'

Eu não reconheço em mim muitas coisas boas, sei disso. Muito menos falo delas. Acho sempre que estou a 'vender' a minha imagem, a levar as pessoas a pensar que sou 'boazinha'. É muitíssimo mais fácil falarmos dos nossos defeitos, não é?
Devia reconhecer mais das minhas virtudes, também sei disso. Reconheço esta. A coragem.
















PS - Estive mesmo para não permitir comentários a este post. Só porque, da mesma forma que me é difícil falar do meu lado bom, também me é difícil aceitar que os outros falem dele ou possam eventualmente confirmar o que eu sinto. E foi precisamente por ser difícil que decidi não os suprimir. E também porque há verdades como esta que eu preciso de meter na cabeça:


domingo, 11 de outubro de 2009

sábado, 10 de outubro de 2009

The end

Aqui.
Vale a pena ler, pelo exemplo que é.


sexta-feira, 9 de outubro de 2009

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Gataria

Aqui há uns dias, o gato da vizinha de cima resolveu cair pela varanda e aterrar no parapeito da minha janela. Depois de bater à porta de suas excelências, e como não estava ninguém em casa, entendi que não podia ali deixar o gato e resolvi metê-lo dentro de casa. Eu gosto de gatos, embora prefira cães, mas sou alérgica. Vai daí, não podia tê-lo a passear pela minha mansão todo o dia e enfiei-o na casa-de-banho, com água e leite.

Logo nesse dia eu, que raramente saio à noite, tinha convite para jantar, pelo que cheguei tarde a casa. Já não eram horas de bater à porta de ninguém, pelo que o gato ficou toda a noite em minha casa, a miar que nem um desalmado. Isto só a mim...

Hoje resolveu fugir pela porta fora e andar a miar que nem um desalmado pelas escadas. Ainda pensei em o enfiar outra vez cá em casa, mas o gajo acertou em dia de saída outra vez. Por isso, hoje foi a vizinha de baixo a sacrificada. Um dia, o prédio ainda adopta o bicho (se é que é o mesmo da outra vez, porque há lá cinco em cima).
Raisparta a bicharada...

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Ó gajos do meu blog

A minha queridíssima Bi encarregou-se de fazer publicidade a um blog que me despertou curiosidade. Vai daí, andei por lá a fuçar, e achei que todos vocês mereciam que vos falasse dele.

Num dos comentários, um leitor, o Capitão Microondas (raio de nome...), resolve dizer o seguinte (falando dos seguidores, que seriam sempre mulheres, já que os homens, muito machos, NUNCA leriam este blog): "o principal defeito dos homens, nestes capítulos, é pensarem que já tudo sabem. Depois entalam-se."

Vão por mim, que sou mulher e andei a ler. Ainda que não me reveja em tudo, o dono lá do tasco sabe do que fala...






E para as meninas: não tendo nada a ver (ou tem?), nem de propósito descubro na Minhoca uma coisa que já conhecia, mas que nunca tinha visto desta perspectiva.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Hoje


Amália Hoje - Gaivota

E esta é uma coisa adequada para ocorrer neste dia. :)

Não há só sol

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Recado XXII

Apeteceu-me dizer que 'o.pequeno.ourico' era o nome do meu blog... Mas alguma coisa me fez parar. Não é tempo. Ainda não é tempo...

Nestes dias

Bons dias, estes. Dias de segunda sessão de curso de formação com uma carga de trabalho pesadíssima e que, por isso, foram esgotantes. Mas dias bons.

No meu curso, não sei porque carga de água, tive direito a vários sorrisos malandros e uns 'Olá, Mf...' à frente de toda a gente. Várias vezes, várias pessoas, brincadeira pegada. A meterem-se comigo de uma maneira que reconheci sempre carinhosa. Acabei a receber uma prenda do pequeno grupo que chefio. A ser procurada pelo director do curso para dar a minha opinião e a ser porta-voz do grupo. Lugares de destaque para quem gosta mais do low-profile e que ainda se surpreende com o reconhecimento dos outros.

Mas melhor foi dar por mim a receber a 'visita' de várias pessoas que, apesar de em outros cursos de formação, não deixaram de vir ter comigo. Passei sábado e domingo a sentir dedos nas costas a vozes a dizer 'Sabia que estavas cá, vim dar-te um beijo!' Ou a ver sorrisos de quem se especava à minha frente à espera da minha reacção de surpresa. Saíram inúmeros abraços, que eu contento-me pouco com beijos. Dois foram especiais - um de alguém que sempre me diz muito, outro de um amigo que não via há anos, mas cuja ternura reconheço sempre. Esse foi um abraço de erguer do chão, forte e feliz. E tive direito a um 'Estás tão bem... É que se nota que estás mesmo bem...'

:)

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Onde estão as Mulheres?

Parei aqui e fiquei a ler. Um dia disseram-me que eu era uma mulher muito completa, mas eu, nas minhas andanças mentais, voltei desde há algum tempo a sentir que sou esquisita. Porque sinto que não 'encaixo' muito bem naquilo que a maioria dos homens procura.

Tenho noção que 'aquilo que a maioria dos homens procura' não é necessariamente bom. Eu diria até que eles (como elas) investem muito pouco e querem muito pouco. Ficam-se pelo fácil, porque, no mundo de hoje, o que interessa é mais o prazer imediato, seja ele qual for. Mas custa um bocadito sentir que remamos contra a maré.

E é estranho ler um homem a retratar um perfil de mulher que se aproxima do meu. O que me faz pensar onde andarão os Homens...

É por estas e por outras...

que eu encolho os ombros quando me dizem para não pensar tanto...


quinta-feira, 1 de outubro de 2009

msn

Duas conversas:

1- "Tu vais aprender artes marciais ("coisas de gajo") e eu vou aprender danças ("coisas de gaja"). Isto anda tudo ao contrário... E se te pisar levo um golpe de krav maga. Isto está bonito..."

2- "Quero dizer-te uma coisa pq tu és a gaja ideal para saberes 1º. Tu... és uma moça que gosta de cenas mais ao lado, por isso..."


Do que depreendo, meus amigos, que eu sou uma gaja daquelas pouco típicas e que até faz e fala de coisas que
são mais... para gajos. Ora é bom saber que se percebe que não sou um vidrinho ou uma 'não me toques que me desafinas'... Eh eh

Danças ocultas

Apetecia-me bater a mim mesma por não poder estar em Lisboa, no S. Luiz, dia 3 de Outubro às 18.30 a ver isto:



Se puderem, não percam. Mesmo. Há génios que reinventam os instrumentos de uma maneira... fabulosa...