quarta-feira, 29 de abril de 2009

Pardon my french...

Esta é a minha toca, não é? Com ela faço que quero, não é? Pois então, desculpem lá, mas FODA-SE!!!!
Isto já não é viver a 8 nem a 80, é viver a 80 elevado a 80!! Esta semana está a ser... impossível? Bizarra? Lunática? Desatinada? Frenética? Centrifugadora? Louca? Compressora? Dispersora?




Ronan Keating - Life is a Rollercoaster


E no meio desta puta desta baralhação, eu não consigo de deixar de me rir para o sol que está ali nas minhas dez janelas a gozar o prato!

Dizem que...

...quando Deus fecha uma porta, abre dez janelas.


Comigo tem sido assim, por muito estranho que possa parecer.


Memories

Eu não sou uma pessoa muito fácil de se lidar. E às vezes acho que não deixo transparecer isso aqui. Já me perguntaram porque raio sou ouriço, dado que não pareço 'encaixar' naquilo que o animal é. Mas eu sou ouriço, sim.

Na vida real, no contacto com os outros, tenho uma gigantesca incapacidade para me mostrar. Sorrio muito, mas deixo que se aproximem muito pouco. Deixo falar, mas falo muito pouco de mim. Ajudo, mas raramente deixo que me ajudem ou peço ajuda. Enrolo-me em mim e deixo-me estar. E tenho de confiar muito e não me sentir ameaçada nem invadida para começar a desenrolar. O que normalmente demora muito tempo.

Hoje, a propósito disto, lembrei-me de uma das coisas que mais gostava no meu ex. Por muito mal que as coisas tenham corrido, há coisas em que ele tinha uma capacidade extraordinária para me entender e esta era uma delas.

Não nos víamos todos os dias e, quando nos encontrávamos, era muito frequente eu sentir-me estranha, distante. Tinha-o ali, dava-lhe a mão ou um beijo, conversava, mas sentia-me longe e não sabia como me aproximar. Ele, ao invés de dizer alguma coisa, deixava-me estar assim e não dizia nada. Agia normalmente, como se não notasse a distância. E aquela descontracção tinha o condão de me fazer relaxar. Assim, ao fim de algum tempo (ou de horas, até), eu começava a sentir-me próxima. E de repente saía um carinho diferente, um abraço vindo do nada, uma cabeça a repousar no ombro. Nessa altura, ele sorria e só me dizia: 'pronto, já estás em casa...' E, de facto, eu tinha chegado a casa.

Eu não procuro ninguém igual a ele, até mesmo porque já vi que não é por ali o caminho. Mas há coisas que eu sei que são perfeitas para mim. E é por coisas como esta, que não é algo que qualquer um consiga intuir, que eu não sei até que ponto vou encontrar alguém que me entenda...


terça-feira, 28 de abril de 2009

...

Mil braços à minha volta.


Hoje precisava.

Verdade 3

Aqui.

Verdade 2

Aqui.

Verdade 1

Aqui.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Pêndulo

Ando assim tipo pêndulo, sem saber bem para que lado me hei-de virar. Época de decisões. Quando não há âncoras que nos impeçam de navegar, é uma complicação. Para que lado viro eu o leme?


Deolinda - Movimento Perpétuo Associativo

You're a fighter.

And ambitious.


Queen - I want it all

And I hope you get it.

domingo, 26 de abril de 2009

Conversas da treta...

...mas ficou com pinta, a improvisação! Poderíamos dizer também... a conversa circular! :D

sábado, 25 de abril de 2009

Descrições

Encontrei aqui isto:
"Os guerreiros da luz reconhecem-se pelo olhar. Estão no mundo, fazem parte do mundo, e ao mundo foram enviados sem alforje e sem sandálias. Muitas vezes são covardes. Nem sempre agem correctamente.
Os guerreiros da luz sofrem por tolices, preocupam-se com coisas mesquinhas, julgam-se incapazes de crescer. Os guerreiros da luz, de vez enquando, crêem-se indignos de qualquer bênção ou milagre.
Os guerreiros da luz, com frequência, interrogam-se sobre o que fazem aqui. Muitas vezes acham que as suas vidas não têm sentido. Por isso são guerreiros da luz. Porque erram. Porque interrogam. Porque continuam a procurar um sentido. E acabarão por encontrá-lo."
Manual do Guerreiro da Luz - Paulo Coelho.


Há quem encontre palavras assim e acabe por me descrever. Há quem diga, simplesmente, que às vezes me dão ataques de conice. E diz tudo sem gastar palavras.



PS: Atenção que isto não é impeditivo de assinarem o post anterior...

Recado (VIII)

Olha... Posso pedir um favorzinho? Só mais um? Este é mesmo, mas mesmo importante, ou não o escreveria aqui...

Tu sabes que eu não sou pessoa de pedir ajuda ou de manifestar grandes efusões sentimentais. Defeito, eu sei, mas acho que vou ser sempre assim, embora tenha melhorado um bocadinho(ão?).

Mas, sabes, ando a precisar de ajuda. Preciso daquele empurrãozinho final, daquele piparote, daquele azimute marcado no mapa, daquele nó mais apertado e que eu, por mais voltas que dê, não consigo descobrir qual é. Era isso que queria que fizesses. Deixa lá a sesta e não Te rias para mim com condescendência ou bondade. Estou cansada, quero um bocadinho de paz.

Será que é preciso pedir a todos os que passam por aqui para assinarem este recado? Será que, se formos muitos, farás o que peço? É que posso ir por aí pedir a quem anda na rua para assinar também! Tenho a certeza que, se explicasse as cicatrizes e as nódoas negras, mas também a roupa bonita, o olhar brilhante e o sorriso sincero, todos iriam dizer que ando a fazer um bom trabalho. Todos sem excepção, dos maiores líderes mundiais até à mulher que transporta água na mais inóspita aldeia. E que, por isso, mereço, mas mereço mesmo, uma ajudinha...

Pensa nisso, sim? A sério.

Cumps
O Ouriço

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Mia!

Porque será que as crianças adoram um aniversário, mesmo que não o festejem? À bocado, a minha mana telefonou-me para me dar os parabéns. Quando passou o telemóvel às pequerruchas, e depois do 'parabéns' inicial da Marta e do 'paabénsssss' da Luísa, esta última ficou excitadíssima:
'Tiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiaaaaaaaaaaaaaaaaaa!
A mia Tiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiaaaaaaaaaaaa! Mia! Mia! Mia!'
Eh eh

A única sorte, no meio disto tudo, é que a Marta não liga ao 'sentimento de posse' da mana mais nova. Ou melhor, ligou (e refilou) até ao dia em que lhe dissemos: 'Deixa lá a Luísa dizer isso! Afinal, a tia também é tua madrinha! O que é muito melhor, porque assim é duas coisas para ti!' Foi remédio santo. Por isso, hoje acompanhou a Luísa no coro.
Ai os meus ouvidos... Ficaram cansados da gritaria. Mas felizes! :D

35

Queria pôr aqui uma música. Procurei, procurei, mas não me satisfez nenhuma. Mas hoje, quando acordei, no meio das que ouvi apareceu esta. E eu sorri.

Agora, em mais um dia um, percebo que a minha vida está a começar a ser levada como deve ser. À minha maneira. Finalmente.


Xutos e Pontapés - À minha maneira

Um dia bom para vocês que passam aqui. ;)

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Hoje

Hoje fiz uma coisa que nunca fiz na vida e nunca pensei fazer. Eu, princesa em torre triplamente amuralhada, com os portões cobertos de cadeados, que fui colocando ao longo da vida, resolvi pegar na chave-mestra e abri um deles. Melhor, escancarei-o.

Não sei como o fiz. Mas fi-lo, hoje, quando peguei nos meus sentimentos e disse 'tu interessas-me...' Assim directa, assim simples, assim eu. Naquilo que sou agora, muito diferente do que era há um ano atrás.

Hoje, no último dia dos meus 34 anos, dei uma prenda a mim mesma ao deixar que a minha melhor amiga mostrasse a si própria que é capaz de agarrar a sua vida com as duas mãos, sem medo da rejeição, sem medo do que se possa pensar, sem medo das fugas. Hoje provei da coragem que não sabia que tinha. E gostei. Se não valer de mais nada, valeu pelo menos por isso. E já é muito.
















Bem-vindo, P.

Eu sou...

E tu, és?

(Vá lá, vais ver que não dói nada...)

quarta-feira, 22 de abril de 2009

...

Tirado daqui...

Abraço

Imagehosting at Imageloop
Vão lá ao Shiuuuu...

terça-feira, 21 de abril de 2009

E pronto


Acabaste de me baralhar a cabeça outra vez.


segunda-feira, 20 de abril de 2009

Pergunta

Penteados...

Ora bem...

O Senhor Rabisco, que anda por aí de lápis em punho, resolveu dar-me não um, mas dois selos! Miminhos são bons e eu gosto! Muito obrigada! :D

Dizem as regras o seguinte:

1º - Reencaminhar este prémio a 10 blogues
2º - Exibir a imagem do prémio
3º - Postar o link do blog que premiou
4º - Avisar os premiados
5º - Publicar as regras

Para chegar a mais gente, dividi os selos.

Assim, para a lista que se segue vai este:


(In)Termináveis
Nesta rua
O que é o Jantar
Ervilhas Albinas
Destilado
Falamos depois sff
Digo eu com os nervos
As aventuras da Minhoca
Coisa et Al
Allô?

Para a lista seguinte, vai este:


Little Boy J
Diário de uma Bipolar
Diário Online
Fios Soltos
Ventos e Aragens
Vinte e um Gramas
Confissões de uma Mente Depravada
Sair das Palavras
O Palácio
Bifidusativus

domingo, 19 de abril de 2009

Um homem serve...


Desafio (II)

A Bi desafiou e, como diz, são só 33. A idade de Cristo. Cruzes, que trabalheira... Mas cá vai:

1)- Nome?
Ora adivinhem lá:

Ajuda aqui. ;)

2)- Porque lhe deram esse nome?
Porque era ou este ou Carolina. E este ganhou.

3)- Você faz pedidos às estrelas?
Não. Mas às vezes olho para elas e pergunto onde anda o que desejo.

4)-Quando foi a última vez que chorou?
Ontem.

5)- Gosta da sua letra?
Gosto. É muito bonita.

6)- Gosta de pão com o quê?
Manteiga. Se pudesse era mais manteiga com pão...

7)- Quantos filhos tem?
Nenhum.

8)- Se fosse outra pessoa seria seu amigo?
Muito provavelmente. Eu gosto de boas pessoas.

9)- Saltaria de bungee-jump?
Não. Mas já saltei de uma ponte.

10)- Desamarra os sapatos antes de tirá-los?
Eh eh. Nunca. E também não os desamarro para os calçar. Prefiro dar cabo dos dedos ao tentar encaixar o pé, sabe-se lá porquê...

11)- Acreditas que és uma pessoa forte?
Acredito. Porque sou.

12)- Gelado favorito?
O perna de pau. É uma mistura de sabores fenomenal.

3)- Vermelho ou preto?
Depende. Mas normalmente arrasto a asa para o vermelho.

14)- O que menos gostas em ti?
A tristeza que me assola de vez em quando. A descrença.

15)- O que mais gostas em ti?
A capacidade de pensar. De me dar. E de manter acesa a esperança.

16)- De quem sente saudades?
Do meu avô.

17)- Descreva que roupa e calçado está a usar agora.
Ora bem: calças de ganga, camisa as quadradinhos, camisola daquele azulão forte, botas pretas pontiagudas. O resto não revelo. Eh eh

18)- Qual foi a última coisa que comeu hoje?
Morangos.

19)- O que está escutando agora?
A música, na televisão. O meu pai ali ao lado a teclar.

20)- A última pessoa com quem falou ao telefone?
A minha mãe.

21)- Bebida favorita?
Chá. De vinhos, moscatel de Favaios, Bailey's, ginginha.

22)- Comida?
Feijoada.

23)- Último filme que viu no cinema e com quem?
Mamma mia. Com um dos manos, que me mandava calar constantemente, porque desatava a cantar a todo o instante (couldn't help it...).

24)- Dia favorito do ano?
O dia de Natal.

25)- Inverno ou Verão?
Primavera.

26)- Beijos ou abraços?
Os dois. Em quantidade.

27)- Sobremesa favorita?
Bolo de bolacha.

28)- Que livro está a ler?
'Comer, orar, amar' de Elizabeth Gilbert. Tão parecido comigo que até assusta.

29)- O que tem na parede do seu quarto?
Um espelho.

30)- Filmes favoritos?
Não tenho.

31)- Onde foi o lugar mais longe que já foi?
Luanda.

32)- Uma música?
Ui. Tantas, tantas...

33)- Uma frase?
Logo se vê...

Considerem-se TODOS desafiados... Eu também quero saber mais... ;)

Desafio (I)

A Ventania desafiou-me há uma série de tempo, mas não foi nada fácil responder. Talvez porque o meu mundo de sonhos anda um bocado/todo trancado a sete chaves.

Então é assim:
Escrever uma lista com oito coisas que sonhamos fazer antes de morrer;
Convidar oito blogs amigos para responder também;
Comentar no blog de quem vos convidou;
Comentar no blog dos nossos(as) convidados(as) para que saibam do desafio.

Cá vai o resultado:
1- Viajar por todo o mundo.
2- Aprender a pintar e a esculpir.
3- Aprender a tocar piano.
4- Encontrar o meu canto.
5- Sentir-me bem na minha pele.
6- Ter um filho. Ou dois, ou três, ou quatro. Biológicos ou não.
7- Aprender a dançar.
8- Ter um trabalho estável e que me realize.

Tirado daqui

Agora cá vão os nomeados...

A M
A Nikky
O Daniel
A Marisa
O Pulha
O LBJ
A Minhoca
A Princesa
O In
A Jane

Vida

Sempre que nasce um bebé, renasce em mim a esperança de que este mundo possa voltar a ter a inocência que perdemos e que os olhos dos mais pequeninos encerram...


Bem-vindo à vida, Gui...

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Ontem disseram-me...

... que tenho andado a modos que assim:


Eh eh
É verdade, é... ;)

Porque...

..não há idade, nem condição física, nem actividade, nem preconceito que possa calar os nossos sonhos quando decidimos arregaçar as mangas e ir atrás deles, vejam isto...

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Estes dias

Nos últimos dias tenho andada mais pendurada em picos alheios do que outra coisa. Posts pequeninos, a remeter para outros. Ponho pouco para fora quando há demasiado por dentro.

A ida a Lisboa transformou alguma coisa cá dentro. Ainda está tudo um pouco indefinido, mas às vezes escrever ajuda-nos a ordenar os pensamentos.

Pôr um ponto final no ex não teve por finalidade insultar ou acusar ninguém do que quer que fosse. Há coisas que eu simplesmente não consigo fazer, mesmo se cá dentro uma vozinha grita. Mas não deixei de dizer umas verdades a quem precisava de as ter ouvido há muito tempo. Era necessário para que os meus medos acalmassem e eu pudesse seguir em frente sem fantasmas pendurados nos picos (fantasma pesa muito, trava o passo). Medo de quê? De o ver e me deixar ir por aí abaixo outra vez, presa num encantamento que só me fez mal. E de ficar na merda outra vez, a seguir. Eu sabia que corria esse risco.

Há uns tempos atrás, num encontro nacional onde estive, pareceu-me vê-lo e fiquei num estado de agitação muito grande. Porque senti o meu espaço de sossego invadido. Afinal não era ele, mas as duas semanas seguintes não foram nada fáceis. Voltaram os sentimentos de descrença, o sofrimento, a solidão. É como se tivesse renascido todo um passado que há muito procurava enterrar. Foi nessa altura que me convenci de que precisava mesmo de o ver. Corresse os riscos que corresse, tinha de acabar com a insegurança que me roía. E pronto, aconteceu.
Saí muito bem desse encontro. A sentir a liberdade que achava que ia sentir, mais vazia de fantasmas, mais cheia de mim, que não me deixei enrolar em cantigas de espécie nenhuma quando vi à minha frente tudo aquilo que eu não queria.

Foi um bom dia, esse, mas deixou-me uma sensação de estranheza que ainda não consegui perceber bem. É como se me tivesse libertado de mais amarras do que as que estava à espera. Dou por mim a pensar, com alguma frequência, e desde essa altura, que estou bem assim, sozinha. Que posso fazer o que quero, como quero e com quem quero sem ter um gajo à perna que, a qualquer momento, se pode passar da cabeça e fazer-me passar a mim. É um sentimento meio indefinido, ainda, mas que se começa a traduzir num conforto na minha casa, que não é mais do que a minha própria pele. É como se a minha cabeça e o meu coração estivessem a entrar em sintonia, concordando que é altura de eu me sentir em paz dentro de mim. E que é melhor, por agora, sentir essa paz solitária, em vez de abarcar algum nos meus braços. Primeiro eu, na totalidade de mim mesma. Para depois, e só depois, e eventualmente, poder receber o que a vida me der. Sem stress, sem fugas, sem fantasmas.


Annie Lennox - No More I Love You's

terça-feira, 14 de abril de 2009

Há sempre...

...quem nos entenda, não é?

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Dúvida

Esta vontade louca de comer chocolates é da época ou é sinal de outra coisa?

Mapa

Hoje, o caminho é por aqui...

Amor é...

Ora... Por causa disto, fiquei a pensar nisto:

domingo, 12 de abril de 2009

Páscoa

Um bom dia, hoje.
Dia em família, como todas as Páscoas. Mas esta teve um sabor diferente e não foi apenas pelos mimos das sobrinhas e pelas correrias e unhas pintadas e cócegas e colinhos e conversas todas enroladas de quem ainda não usa todos os sons do Português.
Foi diferente pela minha própria disposição. Porque, tal como no Natal do ano passado, sinto-me bem depois de muito tempo mal.
Hoje andei muito bem-disposta. Senti-me muito bem-disposta. Bem na minha pele. Finalmente começo a ter dias assim com alguma frequência. E sabe tão bem...

sábado, 11 de abril de 2009

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Oooops

Ontem, à noite, ao ir para casa com a minha mãe e um dos meus irmão, parámos a conversar com uma amiga dela. Como o meu irmão anda muito constipado, a minha mãe sugeri-lhe que fosse para casa, para não apanhar frio. Ao que eu respondi: 'Vai, vai descansado, que eu depois levo a mãe a casa.'
Haviam de ver a risota... Agora é a filha que leva a mãe e não o contrário...
(E levei mesmo! Eh eh)

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Ontem

Ontem foi um dia bom. Outro feito de risos e abraços. As minhas meninas vieram cá e esperavam-me ansiosas. Sobretudo a Luísa, que não me viu da última vez, aí há umas três semanas. O que provocou um tumulto fora do habitual, porque passou estes dias a chamar por mim. Nunca a minha irmã, como agora, foi obrigada a ligar-me, estivesse eu onde estivesse, para ela falar comigo. Do outro lado, sempre que aconteceu, uma frase repetia-se: 'Tia, qué tu qui...'

Infelizmente o trabalho não me permitiu afastar-me daqui e os fins-de-semana foram preenchidos, pelo que ela teve de esperar. Até ontem. Quando me viu entrar correu e foi um abraço sem fim. Depois ficou a olhar para mim, deslumbrada, e ria-se, fazia-me festas na cara e só dizia 'Tiiiia... A mia tiiiia...'

Foi todo um dia atrás de mim, a pedir colinho. E a ter colinho. Isto as saudades são assim...

...


Haja quem me entenda

Sinto-me mesmo, mas mesmo assim...
Raios...

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Palavras

Há palavras bonitas em todas as línguas. Como sei uma ou outra, há algumas que se agarraram a mim. Em Espanhol, há uma ou outra palavra ou expressão de que gosto particularmente. Porque, apesar de terem equivalente em Português, o seu significado bate aos pontos as nossas palavras.

Uma expressão é 'te quiero'. Que se aproxima do nosso 'quero-te', mas que vai além da dimensão carnal a que o reduzimos muitas vezes. É mais profunda, é o querer entranhado na alma a que chamamos amor. É o querer tudo, corpo e alma sem medida. Tempo sem fim. E o querer dar tudo, corpo e alma, sem medida. Tempo sem fim.

Uma palavra é 'cariño'. Nós podemos usar o 'querido/a', mas é uma palavra mais fria. 'Cariño' é uma palavra com música dentro, tem harmonia, suavidade. Sempre me soou a profundamente amorosa... Como o carinho é...

terça-feira, 7 de abril de 2009

Lisboa, ontem

Ontem foi um dia terrivelmente esgotante, mas bom.

De correria, a princípio, que o tempo não estica e só de manhã decidi ir mais cedo para tratar de papelada na FCT. O resultado foi andar de um lado para o outro, apressada por, entre outras coisas (porque é que me levanto tarde sempre nestes dias?), ter de ir descobrir onde fica a localização da dita cuja. E ver como estava o tempo, que eu não gosto de ser apanhada desprevenida. Depois foi correria até ao comboio. O almoço foi rápido. Seguiu-se correria no metro. E localizar para que lado deveria ir, já que só trouxe o mapa na cabeça (dá tanto jeito um rio, para nos guiarmos). Tudo para cinco minutos de conversa. Mas precisava de a ter e já está.

Depois, voltar ao metro. Oriente. Nova conversa. A correria tem destas coisas, impede-nos de pensar muito. Foi o que fiz. E foi o melhor. Numa hora, deu-se a 'tourada'. E, a bem dizer, foi mais fácil do que eu pensava. E bem menos doloroso. Como já imaginava.
'As gajas, pá', dizia-me depois um amigo, 'são lixadas. Precisam de dizer as coisas.' Não sei se as gajas são assim, porque eu nunca fui. Mas detesto ficar com cabos presos a cais que já não me dizem nada. E entre o cortar de vez a corda ou a possibilidade de um dia me aparecer esse cais na vida outra vez, prefiro a primeira hipótese. Já estava há muito tempo cortada, a corda. Fui só avisar que o meu GPS já não me levará mais para ali. Já está. :)

Depois, uma tarde de conversa amena, gargalhadas e carinho sentido. Obrigada, A., por estares lá. Aliviaste-me o peso e deste-me boas recordações em espaços onde antes só havia um tipo delas. Ainda hoje ando de sorriso nos lábios à tua custa. E obrigada a todos os que ficaram a pensar em mim e a dar-me força mentalmente. :)

Cheguei esgotada a casa e caí na cama, ferrada no sono. Sinto-me não sei como... Mas, algures, a palavra liberdade vem-me à cabeça...


Supertramp - Free as a bird

segunda-feira, 6 de abril de 2009

domingo, 5 de abril de 2009

Ontem (III)

Há duas semanas, apareceu-me um problema de saúde chato (embora não grave), que já não me afectava há mais de uma década. Pode ter sido da alimentação, é um facto. Ou do sistema nervoso. Neste último caso, e quando o médico me falou de tal coisa, pensei que talvez, e só talvez, existisse um gatilho que pudesse ter despoletado tal situação. Entretanto, tudo acalmou.
Ontem tive a certeza que, de facto, o gatilho existe e é o que eu pensava. Acordar a meio da noite, só porque sim, e perceber que afinal voltei à estaca zero, precisamente quando a cabeça voltou ao mesmo círculo, faz-me ter a certeza. Por muito que a minha mente procure lidar com as situações de uma maneira contida, o meu corpo não me engana e eu agora sei ouvi-lo. Sempre que eu entro em 'modo de contenção', ele dá logo sinal. Eu sou a minha pior inimiga. Mas também sou a minha melhor amiga.
Pode ser que tudo se resolva amanhã. Não tenho tanta certeza que tal venha a acontecer...

Ontem (II)

Nada como a inocência as crianças para trazer um raio de luz. O dia foi de formação, mas à tarde andei a fazer de babysitter para quem teve de trazer os filhotes. Resultado: castelos de pinhas, jogos de bola, escondidas atrás das árvores, desenhos, esculturas de balões, risos, birras, beijos, abraços. Houve de tudo um pouco... O papá agradeceu o favor da amiga: o cansaço era tanto que pelos vistos os cachopos ferraram no sono mal entraram no carro, pelo que, à noite, conseguiu ver descansado o jogo do Porto (esta mulher-dragão desnaturada nem sequer se lembrou de tal 'evento'. Ai...). Eu agradeci pelo descanso que aquelas horas trouxeram à minha cabeça.

Ontem (I)

O dia não começou bem. Uma tentativa de suicídio que afecta amigos próximos não nos deixa indiferentes ao sofrimento. Não poder fazer nada também não ajuda. Mas nada há a fazer senão fazer sentir que se está, que se pensa, que se ajudará no que for preciso. De resto, é esperar por dias melhores...

sábado, 4 de abril de 2009

Ainda não

Não, meu amigo, a minha realidade não está diferente. Nada há de significativo que te possa dizer que tenha mudado nela. A não ser as pessoas que hoje gravitam à minha volta e que, isso sim, tornam o meu mundo muito mais povoado do que era. Mesmo que virtualmente.
O que mudou, isso sim, fui eu. Estou lentamente a mudar, mas isso já não é de agora e tu sabe-lo. Eu não deixo de trilhar o caminho. E por isso estou mais eu, mais autêntica, mais confortável na minha pele. Não sei se a minha realidade vai algum dia mudar. O que sei é que, pela forma como eu me trabalho, vai ser sempre melhor do que seria há uns tempos atrás. O resto... o futuro o dirá...

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Sonho

Eu agi sempre,
Eu agi sempre para dentro,
eu nunca toquei na vida.
Nunca soube como se amava,
Apenas soube como se sonhava amar.
Se eu gostava de usar
anéis de dama nos meus dedos,
é que às vezes eu queria
julgar que as minhas mãos eram de princesa.
Gostava de ver a minha face reflectida,
porque podia sonhar
que era a face de outra criatura.

Fernando Pessoa


Paz

As horas passam tranquilas. Estou cansadíssima, mas bem. De pés firmes na terra, mãos no chapéu a aguentar a ventania que por estas bandas pode surgir a qualquer momento. O sol invadiu os meus campos verdes de girassóis que estão em silêncio. Não há cantares, por aqui, só calma e vento. Que me acompanham no respirar fundo. Hoje há paz, aqui.


quinta-feira, 2 de abril de 2009

Forca

Descobri que ainda tens o condão de me fazer chorar. Mas isto já foi chão que deu uvas. É desta que te tiro da minha cabeça, da minha poesia, do meu sonho. Chorei primeiro e zanguei-me depois. Comecei a agigantar-me como nunca fiz antes. Como nunca me senti antes. Não quero mais isto, há coisas que não valem a pena. Os círculos que a minha vida teria contigo são uma dessas coisas. E, por isso, é hora urgente de pôr cobro a isto. A ti. Para poder voar definitivamente livre. Vai ser brevemente. Doa o que doer. (Provavelmente nem vai doer assim tanto.)

Please...

Alguém me explica por que carga de água a grande maioria das pessoas que passa por aqui vem de perto das margens do Tejo (uma ou outra)? Sou eu que tenho pinta de 'capitalista' ou é essa a malta que anda mais nos belógues?

Vá, pronto, logo a seguir vem o Porto, uma das minhas cidades mais queridas (desculpem, meus queridos alfacinhas, mas o Porto, na sua tristeza altaneira, guarda um je ne sais quoi...).

O mais engraçado é que o grupo de gente que já conversa comigo por aqui vem de todos os lados. E ainda bem! Qualquer dia, quando eu quiser ir de férias, tenho um amigo em cada terra! Eh eh

Bom dia a todos, independentemente da geografia. Posso dizer que vos trago no coração?

Do sorriso

Diz quem me conhece que eu estou sempre a sorrir. Que é a minha imagem de marca. Um dia, num acampamento, um cachopo disse ao adulto que chefiava o seu grupo que gostaria que eu estivesse no campo dele. À pergunta 'porquê?' respondeu: 'Porque ela está sempre a sorrir!' Levou um sorriso de volta, quando me contou isto, pois claro. As crianças têm destas coisas...

Depois disso já me disseram mais vezes algumas coisas desse tipo. A última foi a de que, quando eu entro, só o sorriso enche a sala.

Não sei se sorrio muito ou pouco. Sou assim e pronto. Muitas vezes não o faço conscientemente. Mas às vezes faço. Sobretudo se não me sinto bem por dentro. Ninguém percebe o que me vai na alma, porque o sorriso continua estampado no rosto. É uma defesa, bem sei, mas sou assim.

O que não consigo fazer é sorrir abertamente para quem não me apetece. Sai assim um risco, uma coisa enviesada... Honestamente, não sei se, do outro lado, se apercebem. Provavelmente sim. Porque ficam à distância.

Argh...

Há quem diga que tenho maus fígados, o que não é de todo mentira, se pensarmos no que como de vez em quando. De facto, desde que vivi em Salamanca que o meu corpo deixou de aguentar fritos. Não sou de grandes gorduras, eu, e muito menos em quantidades que fazem inveja a uma esponja. Vá, pronto... Gosto de farturas e pataniscas de bacalhau. E rissóis (ai, sou louca por rissóis). De resto... só se for meeeeeeeeeeeeesmo muito bom.
É por essa razão que coisinhas fritas só entram na minha 'cozinha' quando eu quero. Escusam de bater à porta... É que eu nem me digno a ver quem é. Faço só... 'delete'.