Uma das coisas que aprendi nos últimos anos foi a largar. Deixar partir. Sobretudo as pessoas que insistem em ficar paradas no caminho. Já não consigo lidar como antes com pessoas que não se movem. Eu sei que assusta. Eu sei que mexermo-nos, às vezes, é terrivelmente assustador. Mas entre a infelicidade da pedra em que nos sentámos ou o medo do caminho, eu prefiro caminhar. E não entendo, nunca entendi, quem prefere apostar em não tentar ser feliz. Perde tempo, e o tempo é precioso para quem vive.
Como diz a
Ana, "aborreço-me sempre com aqueles que dizem que o tempo cura tudo, como se o tempo fosse um comprimido para a dor, para a desilusão, para o desamor.
O tempo não cura nada se não fizermos nada com ele." E fazer alguma coisa com ele é pôr os pés ao caminho, ao invés de se ficar a lamentar o que correu mal, quem nos fez mal e como é má a vida. Sentar-se é perder, é contribuir para a tornar ainda mais má.
Costumo dizer que a única coisa que não gostava que acontecesse quando for já velhota e olhar para trás na minha vida é ficar a pensar que perdi o meu tempo e não tive uma boa vida porque não lutei por ser feliz. Tudo menos isso. Porque isso significa que não investi em mim.