quinta-feira, 29 de maio de 2008

Para a Emília e o seu bebé-anjo João

Há dor aqui
no meu olhar
que se espraia no infinito
sem sol...

Corrói o vazio
imenso, infinito
do nada...

Estendo a mão
não estás
por entre os dedos
subiste aos céus...

Hoje sinto-te apenas
no nada
tinha-te
não te tenho já...

Num ápice
fiquei aqui
deste lado do muro
vendo-te partir
para o outro lado
que não conheço...

Há dor aqui...
Silêncio...
Saudades do futuro...
Daquele que fica
para sempre contigo
nos meus sonhos...

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