Ontem li duas coisas que me deixaram a pensar. Dúvidas de amor eterno
aqui, uma certeza
aqui:
"a vida tem estranhas maneiras de nos fazer ver que não ousar seguir o nosso amor é a verdadeira fragilidade".
Eu penso que, quando se pensa em partir para um futuro de mão dada com alguém, há que fazer bem o trabalho de casa. Conversar até à exaustão sobre tudo, mesmo o que incomoda ou magoa. Observar-se a si mesmo e ao outro. Pensar se o que se quer coincide com o que se tem. Não chega viver dias idílicos, é preciso usar a cabeça. Depois, se o caminho for para ser trilhado a dois, apostar no eterno. Há uns dias atrás, dizia-me um casal que saberem que tinham prometido ficar juntos para sempre (de verdade, saído do fundo do coração) era um descanso. Porque sempre que tinham dificuldades, nunca pensavam em desistir, em abandonar ou em serem abandonados, mas sim em como ultrapassar mais um obstáculo. E, a cada um que surgia, sentiam-se mais fortes.
Eu acredito que um casamento só vale a pena se for vivido com esta força de quem quer muito ficar junto para sempre. Como acho que quem pensa que a vida é feita obrigatoriamente de 'casa-descasa' (ai, nada dura para sempre) perde muito.
Tenho-me lembrado de que, há um ano atrás, conversei várias vezes com amigos que me diziam que devia tentar qualquer coisa que aparecesse porque podia ser que resultasse. E que me devia deixar de sonhar com o Amor e com uma relação sólida, porque isso não existia. E eu respondia que, ou era a sério ou não era. Que eu não era descartável e não queria quem se achasse também descartável. E que só valia a pena envolver-me com um Homem que me quisesse com todas as suas forças e sem tempo marcado. E encontrei...
Às vezes, eu e o R. comentamos que, quando começámos a namorar, sabíamos bem o que cada um de nós queria e ao que ia. É bem verdade. Foi jogo limpo desde o início, sempre, que nem eu nem ele sabemos jogar de outra maneira. E é esse mesmo jogo limpo que me faz acreditar que nós, se quisermos, podemos chegar longe de mão dada. Tão longe quanto as nossas vidas permitirem.
Foi por isso que aqueles dois textos me chamaram a atenção. Eu acredito no casamento para sempre e não penso ter outro de outro tipo qualquer. E hoje, com o R. a meu lado, sinto que não há medo que me torne frágil e me impeça de seguir o meu Amor.