quinta-feira, 4 de junho de 2009

Encontros e desencontros

Noite chocha, esta, não por causa do post anterior, mas tão simplesmente porque as despedidas me moem muito e às vezes ainda não sei lidar muito bem com ausências de quem quero bem. São os desencontros a que a vida nos força. Nada a fazer, a não ser aguardar pelos necessários ajustes que teremos de procurar. Digerir a tristeza que ninguém à minha volta percebe e tentar aguardar sem grande stress. Os dias ocupados que se adivinham também ajudam. Enquanto corro, não penso tanto. Vou tomando consciência de que nada se perde, tudo se transforma. Não perdi, vou ganhar transformado. Pode ser que a pior época seja mesmo esta, em que tudo está numa espécie de limbo (logo eu, que detesto limbos).

Entretanto, e enquanto me deixava vaguear, eis que a minha cabeça fugiu completamente aos sentimentos negativos. O desabafo que me permiti ajudou. Pôr para fora sempre me aliviou o coração do peso que às vezes tem. Foi um encontro bom, este. Há amigas de ouro.

Depois, já melhor, descubro em Paris uma das minhas canções de alcova, que não ouvia há muito e que me despertou os sentidos (Paris tem este condão, não é?). Prefiro-a na versão jazz, assim lenta. E que me traz à cabeça sonhos adormecidos. Sonhos de outro tipo de encontros. Aqueles com que a vida, às vezes, nos surpreende. Dei por mim a sorrir e a imaginar, quem sabe um dia, uma dança eventual, uma lareira, dois copos de um bom vinho e...

Vou dormir bem melhor. ;)

8 comentários:

JS disse...

Adoro esta música.

Fica bem.

Um abraço*

R. disse...

Complicada é a ausência daqueles de quem gostamos, vazio paradoxalmente de difícil digestão.

Custa? Custa, é claro, (que pergunta meramente retórica!). E ainda bem que custa. É o exemplo acabado do pulsar entre o que tem significado para nós e o que nos é indiferente. E quem sente trata, quem sente cuida, quem sente nota ausência. Não basta dizer que gostamos, é preciso que parta de dentro de nós. Res non verba. E sentir é um facto também.

Certamente, uma despedida necessária. Certamente, não definitiva. E cada reencontro será mágico.

Um grande abraço, pequeno Ouriço.

R.

Daniel C.da Silva disse...

Que bem sabe o alivio depois da tormenta, nao é?

Ainda bem que dormiste melhor, que é como quem diz, que deixaste para trás as nuvens negras da vida e deixaste de lhes dar importãncia.

beijinhos amigos

mf disse...

JS:
Gostos parecidos, então. Beijo para ti. :)

mf disse...

R:
Tens toda a razão, meu amigo. Difícil a digestão, mas necessária e sem despedidas definitivas. Tudo vai encaixando. É dar tempo.

Beijo

mf disse...

Daniel:
Vai aliviando e, sim, sabe bem ver o sol. :)

Beijo

Anónimo disse...

hummm Lareira e vinho :)

mf disse...

M:
Nem digas nada... Só de pensar... ;)