Dois posts distanciados no tempo, mas com coisas em comum, para além do blog, fizeram-me pensar no que seria o meu homem ideal. Já há algum tempo que isto me tem vindo a martelar a cabeça porque da primeira vez que pensei no assunto, despoletado por
este post e depois por
este, dei por mim sem saber a resposta. Com o tempo e a reflexão - que eu, como boa taurina, gosto de ruminar tudo e com calma -, cheguei a algumas conclusões interessantes.
Descobri que não tenho um homem ideal definido, nem sequer em termos físicos. Há características físicas que me atraem, claro (os olhos, por exemplo), mas não as tenho por obrigatórias. Aliás, tirando o primeiro, os meus outros amores nunca corresponderam àquilo que fisicamente me atrai. Já a outros níveis, nunca me preocupei em fazer uma lista de 'musts', até porque se o fizesse, estaria tramada. É que não há ninguém perfeito, não é? E desejar coisas como um homem todo bonito, com dinheiro, um bom carro e a profissão X ou Y acabaria por tornar a escolha muito fraca, porque reduzida a um conjunto de características que não são, no fundo, as que mais interessam.
Há, no entanto, coisas que sei que inconscientemente me atraem e que, por consequência, procuro.
Gosto, por exemplo, de um homem com sentido de humor. Eu sei que é comum entre as mulheres, este gosto, mas é verdade para mim. Saberem fazer-me rir é uma arma terrível. O riso sossega-me, ao passo que demasiada seriedade me enerva, talvez porque me sinta impelida a ser 'bem comportadinha' com alguém que não brinca. E eu não gosto de camisas de forças.
Isto leva-me à segunda característica que me atrai: gosto de um homem que possua uma certa dose de loucura. Talvez porque eu a tenha e poucas vezes a tenha explorado (até tenho medo se algum dia me der para isso), gosto de alguém que me desafie e me faça sair do caminho mais evidente e rotineiro. Uma certa dose de loucura não significa, contudo, um homem completamente louco. Aliás, se há coisa que me enerva é alguém que não pára quieto. Eu sou acelerada por natureza e, talvez por isso, os homens tranquilos atraem-me. Gosto de quem me traga sossego. E de quem seja delicado. Há lá coisa mais irresistível que um homem que naturalmente pensa em nós e cuida? Coisas tão simples (precisamente por serem simples e ditas sem segundas intenções) como 'vamos para dentro que estás com frio' são boas de ouvir. Coisas tão simples como uma flor roubada no colo em dia comum são boas de receber. Alguém que apenas ouça em dia de tempestade é bom de ter.
Por fim, não me passa pela cabeça envolver-me com um homem pouco inteligente. Eu preciso de igualdade a nível de inteligência, como de pão para a boca. Como é que uma relação pode funcionar se os dois não se complementam a nível mental? Se não se admiram, se não aprendem um com o outro, se não conseguem esgrimir argumentos e crescer pelo meio? Alguém que não me acompanhe o passo, que seja previsível, que não me consiga entender não tem a mínima hipótese. E se não for honesto, idem.
Depois, tenho vindo a aprender que há características com que eu tenho de ter muito cuidado. Algumas particularidades para as quais tenho 'queda' e que são responsáveis, em grande parte, por aquela sensação de que acabo por escolher sempre o mesmo tipo de homens (e, consequentemente, acabo sempre por ir ao chão). Ter consciência delas é meio caminho andado para não repetir erros. Porque mais vale só que mal acompanhada. Essas, por agora, ficam comigo. Talvez para a próxima fale nisso.