Às vezes sinto-me profundamente velha. Não em idade, mas em coração. Por transportar experiência carregada de cansaço, numa lentidão de quem olha as horas do futuro cobertas de cinzento, pesadas, insondáveis. Vivi muito, intensamente. Vivi tudo, senti tudo. Não sobra espaço para dias novos feitos de frescura.
Às vezes sinto-me jovem. A minha idade em idade e coração. Carrego em mim sabedoria envolta em tranquilidade, um sorriso no peito, a certeza da segurança do passo, a vida na palma da mão, aberta, aguardando o voo. Em bicos de pés a espreitar o mundo. No entusiasmo de quem (se) descobre. A planear os sonhos, a ajoelhar no chão na procura certa da flor que lá se esconde, a descansar na relva o corpo que recolhe o sol.
SANTO ANTÓNIO ou O AMOR SECRETAMENTE PEDIDO
Há 5 meses
10 comentários:
Ah pois!, essas mudanças e esse deus malandro...
Numa métrica como qualquer outra agrada-me ver o segundo parágrafo maior que o primeiro. Tem mais força e tem mais de ti, Ouricito! :)
R.
E hoje sou eu quem sente que está aqui tanto de mim...
bjs
Tu és jovem, minha cara. Espera até chegares à minha idade...
R.:
:)
Apple:
Lá acontecerá, de quando em quando... :)
Pulha:
Simpatia tua, meu caro. Tu és um cachopito na flor da idade... :)
És mais a segunda do que a primeira...
Hoje com idade a mais... a ver se amnhã passo aos 18 aninhos ou coisa assim.
Imagem perfeita para as palavras certas!
Um abraço*
Bi:
Tão querida... Gostei mesmo! :)
JS:
Pois... Lá vamos andando tipo ondas. Umas vezes no fundo, outras na crista, com a prancha de surf a mostrar a juventude. ;)
Abraço para ti
Enviar um comentário