terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Dos amores

De programas televisivos, aos livros e às revistas, passando por sites e blogs, muito se diz e escreve sobre as relações amorosas. Os homens são isto e as mulheres aquilo, uns devem agir de uma maneira e outros de outra, quais os truques para fazer funcionar uma relação, o que evitar, em que apostar, etc, etc, etc. É muito interessante recolher estes pontos de vista todos, mas às vezes acho que são receitas a mais.
No meio de tanto ruído, corremos o risco de nos esquecermos que cada relação é única e diferente de todas as outras. É óbvio que os homens terão maior propensão para umas coisas e as mulheres para outras, até mesmo porque a nossa anatomia é diferente e o cérebro reage de forma distinta, consoante o sexo. Mas fazer disso lei parece-me um pouco demais. Se a preocupação por seguir o que está determinado for grande, onde há espaço para a autenticidade? Se a preocupação for prever o passo seguinte a partir do que se deu, como se fôssemos uma fórmula matemática, onde há espaço para que cada um seja aquilo que é, sem defesas, esconderijos ou dissimulações?
É por isso que, apesar das 'leis', eu continuo a achar que, para que uma relação funcione, os envolvidos têm de ser honestos e autênticos. Nenhuma relação funciona sem que haja confiança e entendimento mútuos. E é impossível, pelo menos para mim, que funcione sem que ambos sintam que aquele é um espaço em que podem ser eles mesmos, sem fingimentos, sem medos. E sem estereótipos que nos levem a achar que o outro deve ter este ou aquele comportamento só porque é homem ou mulher.

12 comentários:

Mr X disse...

Aproveitando um post sobre os amores, venho retribuir a visita lá num dos meus blogs.
um obrigado boa cachopa boa.
Mas cuidado com o que desejas no natal. Terás espaço para um tipo gordalhucho e cheio de roupa?
Uma óptima quadra!

mf disse...

Mr X:
Eh eh... "Boa cachopa boa"... Gostei! Acho que vou passar a assinar assim! ;)

Quanto aos desejos de Natal: já existiram gordos e magros na minha vida. Normalmente gosto mais de alguma coisa 'que se apalpe' e muito pouco de 'Olívios Palito'. Por isso, o Pai Natal encaixa-se na perfeição! Quanto à roupa... Quanta mais for, mais se tira... Eh eh...

Bom Natal para ti! :)

Mr X disse...

Não poderia concordar mais contigo!
:)

apenas um gajo... disse...

Falar, escrever, mandar bitates é muito fácil. Inventar teorias é próprio de quem não quer falar de si próprio.
Mas quando se chega à relação real o que conta mesmo é o que damos e o que nos dão... o resto é conversa para blogues :)

Beijos

mf disse...

Gajo:
Concordo... Eu cá prefiro menos teoria e mais realidade. Gosto mais de uns pés assentes no chão e uns olhos a olhar para outros do que de ideias feitas...

Beijo para ti e bom Natal! :)

Anónimo disse...

Eu concordo com o teu post. No entanto, acho que se analisam tanto os relacionamentos actualmente, pois nunca como antes eles andaram tanto pelas ruas da amargura.

Ainda há uns tempos uma amiga minha, que é psicóloga, me disse o seguinte: a maioria dos meus pacientes andam lá porque têm problemas de comunicação e, quase todos, têm problemas nos relacionamentos.

Antes a vida era mais simples. Agora é mais exigente, muda a um ritmo mais elevado e tudo isso afecta as pessoas e, consequentemente os relacionamentos.

Apesar de tudo isto, penso que o teu post está certo.

mf disse...

Mister Peter:
Se calhar tens razão. É possível que as análises e teorias surjam da situação generalizada de infelicidade em que muitos se encontram.
Não tenho a certeza é se a vida era mais simples antes... Acho é que as pessoas eram levadas a lutar mais pelos relacionamentos: não se envolviam tanto sem pensar (é mais fácil, hoje, atirarmo-nos de cabeça e só depois pensar nas consequências) e, quando num relacionamento, não desistiam dele com facilidade (hoje basta um capricho, para muita gente).

Bom Natal! :)

Mr X disse...

ui

mf disse...

Mr X:
Ui??
Ui o quê? Lacónico qb e pronto?

:)

Mr X disse...

Por vezes a simplicidade de uma resposta demonstra também a concordância com uma posição. Às vezes nem gostamos dela, mas que é a verdade ninguém pode negar. Daí uma expressão quase dolorosa e engraçada quando se lê...

mf disse...

Mr X:

Percebi. E tens razão. Às vezes é uma posição dolorosa: porque o normal, hoje em dia, é não encontrarmos quem nos entenda nem se dê ao trabalho de entender. :)
BCB (Eh eh)

Mr X disse...

:)