Este blog já fez um ano há algum tempo. Não me lembrei da data e também não é importante, já que, para mim, só começou a funcionar, de facto, lá para Setembro. No entanto, estas coisas das datas têm o seu quê de simbólico e hoje dei por mim a pensar nisto.
Nunca num milhão de anos pensaria, há um ano atrás, que estaria como estou hoje. Foi uma época complicadíssima, que parece agora um passado distante. Fazendo bem as contas, só há cerca de dez meses decidi levantar os cacos do chão, agarrar em mim mesma e pôr-me a caminho. E o facto é que hoje dou por mim de cabeça erguida e sorriso nos lábios, a caminhar numa estrada larga onde só se avista horizonte.
Não sei o que vem a seguir. Sei que, por agora, o caminho é por mim mesma fora e que me sinto cada vez melhor na minha pele. Não sou uma menina infeliz, perdida e carente. Sou uma mulher que sorri para aquilo que é, que sabe o que quer e que escolhe quem quer na sua vida. Aprendi a dar nome às coisas, a mostrar um pouco mais o que sinto, a compreender o porquê de muitas situações e sentimentos. Dizem que o sofrimento faz crescer e há de facto uma perspectiva positiva na dor: tudo aquilo que nos ensina acerca de nós e dos outros. Eu nunca tive medo de olhar a dor de frente, de lamber as feridas, de suar, de apanhar uns malhos valentes. Só quem vai à guerra é que a pode ganhar. E eu tenho vindo a ganhar a minha vida de volta. E descobri que cada lágrima chorada não se perdeu: com elas reguei o meu campo e nele nasceu um prado florido onde gosto de rebolar os meus picos.
Neste momento procuro manter as flores que nasceram, descobrindo todos os seus tons. Talvez nasçam mais algumas daqui a uns tempos, já que, nesta vida a mil que tenho tido, mais revolução, menos revolução começa a ser uma coisa normal. Tudo bem: as mudanças são sempre bem-vindas, sobretudo se nos dão sal e cor e corpo a cada dia. E se mais alguém chegar para partilhar este mundo, óptimo. Se não, tudo bem também. O importante é eu sentir que a minha vida tem propósitos, que é boa para mim, que faço a diferença na vida de alguém. E isso eu sei que aconteceu, acontece e vai continuar a acontecer.
DIA 01 de DEZEMBRO: o MÊS "OFICIAL" DO NATAL
Há 2 semanas