domingo, 25 de outubro de 2009

Por estes dias

Semana de cansaços, esta. Como já a anterior foi. Semanas de silêncio, de paragens, de não querer pensar, de não querer sentir. Há alturas em que fugimos de nós próprios e tenho andado estranhamente assim. Ou talvez seja só o pó a assentar, agora que começo a sentir que vivo há anos nestas quatro paredes que me guardam os sonhos e os sentimentos.

Olho para mim e sou aquilo que sempre fui. Aliás, não me imagino diferente de mim mesma. Mas gostava de estar já lá à frente - digamos, daqui a um ano, por exemplo - numa vida diferente desta que tenho. Numa vida melhor, recheada de risos e conversas e abraços e sorrisos e quente e descanso e sossego e... paz. Pode-se pedir, não pode?

Enquanto ela não chega vou vivendo esta vida que tenho com esta vontade de correr que às vezes me consome. Na fé que tenho de que cada passo dado é caminho em frente, certo e seguro, na direcção de um destino melhor. Onde me possa sentir em casa dentro de mim mesma. Sem tantas dúvidas, sem tantas incertezas. Sem tantos ses.


Coldplay - What if


2 comentários:

R. disse...

Ouriço: não pensar e não sentir?!? Isso é a negação da vida, coisa que tens e em abundância. Não pensar e não sentir é uma falsa arma, armadilha que faz cair num patamar de meta-pensamento e meta-sentimento sobre (não isoladamente) o não pensar e não sentir. Right? ;)

Piquinhos: a tua vida é hoje, não é daqui a um ano, ou dois, ou outro qualquer prazo servido à lista. Goza os momentos bons que tens, vai dando os tais passos para que as coisas mudem na direcção que queres. E eu espero que a vida te recompense disso mesmo. :)

E faz o favor de te fazeres convidado e vir tomar um café quando andares nas redondezas do Castelo. :)

R.

mf disse...

R.:
Tens razão. Não pensar e não sentir são armadilhas, mas de vez em quando o cansaço impede-nos de as reconhecermos imediatamente. O bom é que o descanso nos coloca outra vez 'in the right track'. :)

Quanto à minha vida, duvido que haja muita gente que viva tudo tão intensamente como eu. No fim dela, se há coisa de que não me vou poder queixar é a de que não saboreei cada momento, bom e mau. :)

O café fica prometido. ;)