quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Da cegueira

Magritte - The lovers

A Guizo tem toda a razão no que diz sobre este quadro. É uma explicação possível, pois claro, que a arte é democrática e abrange todos os pontos de vista.

Eu diria que, às vezes, deixamos de ver tudo à volta, dominados pela atracção irresistível de alguém. E o beijo, quando domina tudo, grava-se na carne, independentemente do que sabemos sobre quem está à nossa frente, e é sentido mesmo sem ser sentido, mesmo que o mundo esteja de permeio. Como se diz aqui, 'Ninguém esquece um corpo que teve/nos braços um segundo - um nome sim.'

Este quadro trouxe-me à memória uma canção da Tracy Chapman. A música a traduzir a imagem.



Tracy Chapman - You're the One


6 comentários:

Minhoca disse...

Concordo com o teu ponto de vista,e sem duvida "E o beijo, quando domina tudo, grava-se na carne, independentemente do que sabemos sobre quem está à nossa frente" :)

Princesa Canela disse...

Adoro adoro esse quadro! Como quase todos do Magritte, genial. O poder do beijo é algo que entra, sem dúvida, no campo da metafísica.

mf disse...

Minhoca:
Ora... :)

mf disse...

Princesa Canela:
Este quadro transcende a nossa visão e faz-nos pensar, não é?

Guizo disse...

Obrigada! Que simpatia!!!

Um abraço*

mf disse...

Guizo:
Bem-vinda! E de nada! Eu gosto de quem me faz pensar. ;)